Essa semana entrevistei para o meu programa na TV Ideal o Diogo Ribeiro da Luz, fundador do Bravo Café, um produtor de café "premium" de São Paulo. Foi um bate papo ótimo, cheio de ótimas histórias.
Aqui vão algumas das melhores sacadas que peguei nas duas horas de papo que tivemos…
Oceano Azul:
Até 98 ele produzia café para exportação em suas fazendas. Um dia foi a uma cafeteria e percebeu que seu café, que era vendido a 60 dólares a saca para compradores internacionais, estava a venda por 1.200 dólares a saca depois de ser processada como café "premium" numa xícara.
Descobriu isso bebendo café de um dos seus compradores, a Illy. Foi nesse momento que ele pensou em destinar parte de sua produção para criação de uma marca de café mais sofisticado, criando um mercado, até aquele momento, pouco explorado. Um verdadeiro oceano azul, como as excelentes histórias do livro Estratégia do Oceano Azul.
Ou seja, navegar por oceanos ainda "virgens" é uma ótima estratégia para se diferenciar dos competidores e criar uma categoria de negócios inteiramente nova, onde somente a sua empresa participa.
Burrices, só dos outros:
Quando foi montar sua "fábrica" de café premium, teve a sorte de encontrar uma fábrica em uma fazenda vizinha da sua, no interior de São Paulo.
Esse vizinho tinha construído toda infra-estrutura para produção de café embalado, mas esqueceu de procurar clientes enquanto se divertia com a montagem da fábrica e quase quebrou.
O Diogo alugou a fábrica por uma hora na primeira vez e produziu estoque de café para ser vendido pelos próximos dois meses. Foi alugando por prazos maiores até o dia que pode construir sua própria fábrica.
Ou seja, a infra-estrutura, sempre que possível, deve vir depois que os primeiros clientes forem conquistados, possibilitando você fazer um investimento com muito menos risco.
Trem da Felicidade:
O Diogo fez uma das primeiras cinco cafeterias dentro dos supermercados do Pão de Açúcar, em 2000. Fez melhor que seus competidores e logo depois começou a ganhar mais unidades para implantar o Bravo Café.
Com isso pegou carona na transformação das cafeterias do Pão de Açúcar e pegou uma carona nesse "trem da felicidade" para crescer através da implantação de cafeterias em outras lojas da rede. Chances como essa são únicas e uma fonte de crescimento acelerado para boa parte dos empreendedores que tenho entrevistado.
Portanto, se você tiver a sorte de pular num desses "trenzinhos da felicidade" quando eles ainda estão saindo da estação, pule sem pensar.
Fonte: http://exame.abril.com.br/rede-de-blogs/empreendedor/2008/05/30/87928/
Acessado dia 29 de Julho de 2011
Aqui vão algumas das melhores sacadas que peguei nas duas horas de papo que tivemos…
Oceano Azul:
Até 98 ele produzia café para exportação em suas fazendas. Um dia foi a uma cafeteria e percebeu que seu café, que era vendido a 60 dólares a saca para compradores internacionais, estava a venda por 1.200 dólares a saca depois de ser processada como café "premium" numa xícara.
Descobriu isso bebendo café de um dos seus compradores, a Illy. Foi nesse momento que ele pensou em destinar parte de sua produção para criação de uma marca de café mais sofisticado, criando um mercado, até aquele momento, pouco explorado. Um verdadeiro oceano azul, como as excelentes histórias do livro Estratégia do Oceano Azul.
Ou seja, navegar por oceanos ainda "virgens" é uma ótima estratégia para se diferenciar dos competidores e criar uma categoria de negócios inteiramente nova, onde somente a sua empresa participa.
Burrices, só dos outros:
Quando foi montar sua "fábrica" de café premium, teve a sorte de encontrar uma fábrica em uma fazenda vizinha da sua, no interior de São Paulo.
Esse vizinho tinha construído toda infra-estrutura para produção de café embalado, mas esqueceu de procurar clientes enquanto se divertia com a montagem da fábrica e quase quebrou.
O Diogo alugou a fábrica por uma hora na primeira vez e produziu estoque de café para ser vendido pelos próximos dois meses. Foi alugando por prazos maiores até o dia que pode construir sua própria fábrica.
Ou seja, a infra-estrutura, sempre que possível, deve vir depois que os primeiros clientes forem conquistados, possibilitando você fazer um investimento com muito menos risco.
Trem da Felicidade:
O Diogo fez uma das primeiras cinco cafeterias dentro dos supermercados do Pão de Açúcar, em 2000. Fez melhor que seus competidores e logo depois começou a ganhar mais unidades para implantar o Bravo Café.
Com isso pegou carona na transformação das cafeterias do Pão de Açúcar e pegou uma carona nesse "trem da felicidade" para crescer através da implantação de cafeterias em outras lojas da rede. Chances como essa são únicas e uma fonte de crescimento acelerado para boa parte dos empreendedores que tenho entrevistado.
Portanto, se você tiver a sorte de pular num desses "trenzinhos da felicidade" quando eles ainda estão saindo da estação, pule sem pensar.
Fonte: http://exame.abril.com.br/rede-de-blogs/empreendedor/2008/05/30/87928/
Acessado dia 29 de Julho de 2011
